domingo, 17 de janeiro de 2010

O que precisamos saber sobre o desenho de uma criança?




10 coisas que precisamos saber sobre o desenho da criança

 Neste momento especial para a criança tem de tudo: diversão, estímulo ao desenvolvimento, criatividade e até auto-conhecimento. Veja  como enriquecer ainda mais esse momento


1 - Expressão e emoção. A criança tem uma intensa elaboração mental enquanto desenha. É comum, enquanto o lápis risca o papel, ouvir as crianças narrando histórias que se passam com os personagens que traçam. É como o que acontece no brincar. 

2 - Fases e estilos. Por mais que, no geral, a criança comece pelos rabiscos por prazer e vá mudando o traço até chegar a formas mais "reais", essas fases não são fixas. Ao longo da infância, as crianças podem ir e voltar várias vezes em determinados estilos, fazer um desenho característico de uma fase pela manhã e, à tarde, esboçar um desenho próprio de outra. E é por isso que não é adequado classificarmos os desenhos como "bom" ou "ruim". O desenvolvimento da criança por meio do desenho não tem uma característica linear. 


3 - Diferentes materiais. Procure oferecer diferentes suportes e riscadores para seu filho. Papéis de diferentes texturas, cores e tamanhos, como lixa, papelão, papel canson, papel vegetal... Quanto maior a variedade, melhor. Entre os riscadores, varie os tipos de lápis, giz de cera e canetas. Cada material vai proporcionar um desenho diferente e, quanto maior a variedade, maiores as experiências das crianças.

4 - Espaço para desenhar. Tenha em casa um cantinho onde seu filho possa desenhar, vale até ser no chão, caso ele prefira. Um caderno de desenho e um estojo com lápis apontados, gizes de cera e canetinhas devem sempre estar à mão. Se forem pincéis, tintas ou canetinhas, forre um pedaço do chão e deixe a criança à vontade. 


5 - Um mundo novo. Desenhar é um reflexo do descobrir. Além de abrir um enorme leque para a expressão e a fantasia, o desenho também contribui para a exploração do real, já que chama a atenção para os seres e objectos e desperta a atenção para formas, texturas, tamanho, cores, volumes e proporções. 

6 - Observar e lembrar. É comum as crianças desenharem de acordo com a lembrança que têm dos objectos - e não os observando. Procure ajudar seu filho a despertar para o olhar. Use o quotidiano. Chame a atenção dele para uma janela grande, para as cores da água do mar, até para o desenho no chão com as gotas de água saídas de um regador, por exemplo. Descubram juntos texturas, formatos de folhas e de nuvens... 


7 - Pais não são os 'grandes modelos'. Resista ao desejo de mostrar como desenhar. Apesar de desenhar em família ser óptimo, cada um deve ter seu espaço e seu traço. 


8 - Crie referências. Visite museus, galeria de artes e onde tiver exposições que possam ser boas referências de arte para a criança, converse sobre o que for visto, o estilo do artista, compare. Livros infantis são também excelente estímulo - talvez o primeiro contacto deles com uma obra de arte! 



9 - Use fotografias. Para o francês Henri-Cartier Bresson, a maior referência em fotografia no mundo, a foto é um meio de desenhar. Fotografias podem render óptimos exercícios. Em uma exposição, por exemplo, converse com a criança sobre as formas, como pessoas diferem de objectos, os ângulos. Outra óptima actividade  é colocar uma folha de papel vegetal por cima de uma foto e, com um lápis, permitir que ela descubra as linhas principais e, quem sabe, a poesia que há nas grandes fotografias de todos os tempos. 

10 - Não serve como avaliação psicológica. Muita cautela para usar o desenho como uma avaliação de aspectos intelectuais ou emocionais da criança. Chega a ser perigoso dizer, por exemplo, que cores escuras no desenho denunciam crianças deprimidas, por exemplo. Apenas em consultórios de psicólogos, em meio a várias outras ferramentas, eles podem ser usados para avaliação dentro de um contexto mais amplo.

Fonte: Tudo para Educadores

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Como escolher um bom livro infantil?



10 passos para escolher um bom livro Infantil

1. Desbrave pela literatura infantil
Sempre que tiver oportunidade, explore livros infantis – seja em bibliotecas, livrarias, salas de espera, na escola de seu filho ou na casa de amigos, não importa. Folheie, leia as histórias, observe as ilustrações e o estilo do autor. Quanto maior for seu repertório, mais elementos você terá para nos momentos oportunos, escolher bons livros. 


2. Vá além da indicação de idade
 Para bebês, livros de plástico e pano são a resposta certa. Até 1 ano a 2, eles vão adorar, por exemplo, os que têm alguma textura. Conforme crescem, as crianças se interessam pelos tipos cartonados, além dos que utilizam pop-ups e dobraduras. Para crianças um pouco maiores, em geral, as ilustrações também são sempre muito relevantes. Em relação às histórias, é bom prestar atenção na complexidade, tamanho do texto e vocabulário, e leve em consideração se é você ou ele quem está lendo. Para os em fase de alfabetização, os livros em letra bastão (ou letra de forma) são um estímulo e tanto à leitura. Uma criança pode gostar de um livro dirigido a crianças mais novas, ou já se interessar por algo para as mais velhas.

3. Conheça seu leitor
Seu filho (ou alunos) já se encantou com os livros de um determinado autor, personagem, estilo ou coleção? Ele gosta de poesia ou o que mais chama a atenção são as imagens? Prefere personagens aventureiros ou mais introspectivo? Está actualmente fascinado por bruxas ou gosta de animais? Use sua sensibilidade para ler as dicas que seu próprio filho (ou alunos) dá sobre as preferências literárias.

4. Resgate suas preferências de infância
Você se encantou com Flicts? Robinson Crusoé? Marcelo, Marmelo, Martelo? Busque na memória suas preferências literárias de infância, conte para seus filhos suas experiências com esses livros e ofereça a eles a oportunidade de experimentar essas obras (e trocar experiências com você).

5. Faça da literatura infantil um assunto
Com parentes, outros pais, com a professora da escola, com uma bibliotecária ou com o vendedor de sua livraria infantil preferida, converse sobre os livros infantis, os títulos atraentes aos olhos das crianças, os mais bem aceites, lançamentos, etc. No boca a boca, você consegue preciosas dicas.

6. Ofereça diversidade
Contos clássicos e modernos, poesias, livros de imagens e quadradinhos: é importante a criança ter acesso à diversidade, poder explorar diferentes géneros, estilos e linguagens. Se forem os clássicos, prefira as versões que não ocultem passagens importantes e personagens “sombrios” .

7. Test-drive literário
Uma grande vantagem dos livros infantis é a possibilidade de examiná-los na íntegra antes de comprá-los. Ao escolher um livro para seu filho, opte por obras que o encante não apenas como mãe ou pai, mas como leitor ( porque se a criança gostar muito do livro, pedirá para você ler para ela várias vezes).

8. Leia sobre a literatura infantil
Em revistas, jornais, blogs e sites que tratem de literatura infantil, procure se informar sobre sugestões de especialistas, bons lançamentos e livros premiados. Podem ser boas referências para futuras investigações em livrarias...

9. Use e abuse das bibliotecas
Não apenas as livrarias, mas também as bibliotecas são óptimos mediadores entre a criança e os livros. Elas possibilitam uma experimentação bastante ampla e diversificada, sem custos. São óptimas oportunidades para se conhecer novos autores e géneros literários.

10. Permita que a criança faça suas escolhas
Por mais que a criança queira um livro que você não julgue excepcional, permita que, na biblioteca ou na livraria, ela também tenha a oportunidade de decidir qual levar. Em crianças mais velhas, especialmente, pode acontecer de elas só quererem ler o que escolhem. Indique alguns títulos, mas não faça imposição em relação às leituras. 


Fonte: Tudo para educadores